Laura Dean vive Terminando Comigo: Como relacionamentos tóxicos são prejudiciais
- Caroline Silva
- 29 de mar. de 2021
- 2 min de leitura
Atualizado: 15 de jun. de 2021

Laura Dean é a garota mais popular do colégio, de personalidade vibrante e humor cortante, ela parece ser um par maravilhoso , porém, para Freddy, é justamente o contrário.
Mas por que namorar a garota mais maneira da escola não é as mil maravilhas para Freddy? Isso porque Laura Dean vive terminando o relacionamento.
Freddy é uma adolescente comum. Com uma família que a apoia, amigos que a suportam, um trabalho de meio período e uma namorada. Também tem um hobbie que compartilha com a melhor amiga, Doodle.
Começamos a HQ logo com a traição da Laura Dean e com ela terminando com Freddy. Mas como um bom relacionamento tóxico, logo elas retornam e a vida da nossa protagonista volta a girar em torno de Laura.

E é em meio de páginas cheias de sensibilidade que acompanhamos o desenrolar de um relacionamento nada benéfico para Freddy e de como a garota vai se afastando daqueles que fazem bem para ela.
O roteiro de Mariko Tamaki prende do começo ao fim e o desenho de Rosemary Valero-O'Connel valoriza a história ainda mais.
E o mais importante é a representatividade que o quadrinho traz e o conselho sobre o mínimo que se pode buscar em um amor. Afinal, se você não está se tornando uma pessoa melhor ou não obtém nada de bom, será que esse amor vale a pena?
Este quadrinho conseguiu me remeter a dois momentos na minha vida, com duas colegas de trabalho que são bissexuais.

Uma dizia estar cansada de relacionamentos com homens e que iria se relacionar só com mulheres, afinal "nada poderia dar errado".
Outra tinha saído de um casamento com um homem que era abusivo (ao ponto de ser uma ameaça para sua vida) e caiu em um relacionamento com uma mulher lésbica e casada. E adivinha como era esse caso? Abusivo.
Claro que neste último caso temos que considerar que quando uma pessoa se acostuma com o abuso, na maioria das vezes ela acaba terminando em outro relacionamento igualmente abusivo. Mas eu quero impor a correlação do primeiro caso com o segundo: essa colega acredita piamente que relacionamentos sáficos são impossíveis de serem tóxicos.
E neste pensamento que x ser humano não agirá de forma tóxica é onde vemos pessoas queridas, ou nós mesmos, sendo envoltas em uma rede de violência.

Há estudos que comprovam que violência pode partir de qualquer pessoa. Pode partir de parceiros (as), familiares, amigos (as). Essa pessoa pode ser cis, trans ou NB. Pode ser de fato pertencente a qualquer sexualidade.
Então a pergunta já feita continua: Seu relacionamento traz algo de bom para você? Você se sente bem tratada (o)? Respeitada (o)? E se não, porque continuar em uma corrente de sofrimento?
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