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Nuances De Ser Brasileiro #2 Cinema

  • Foto do escritor: Bruno Roque
    Bruno Roque
  • 6 de ago. de 2021
  • 2 min de leitura

Atualizado: 12 de ago. de 2021

Passeando pelas nuances da cultura brasileira encontramos um expoente marcante e na maioria das vezes desvalorizado, o cinema. Quem nunca ouviu que o cinema nacional é ruim, ou que filme brasileiro é chato e mal feito? Há uma visão geral muito preconceituosa com a nossa produção audiovisual, que resume suas experiências a poucas produções, geralmente aquelas do mainstream. Não que as produções de massa devam ser desvalorizadas, pelo contrário, adoro a linguagem de filmes famosos e convencionais, mas deve-se ampliar o acesso popular às excelentes produções da sétima arte brasileira.

A desvalorização não se resume a essa visão repulsiva, mas também está presente em um projeto de menosprezo e sucateamento deste setor. Não é segredo para ninguém o movimento de enfraquecimento da cultura, em todas as suas frentes, e principalmente no cinema. A Ancine fica cada dia mais impotente no incentivo às produções, editais são cada vez mais raros, regras cada vez mais esdrúxulas e os recursos para pesquisa, manutenção e difusão são cada vez menores. Situações como a da Cinemateca são o cúmulo da falta de valorização.


Celebrar o cinema é lembrar, assistir, produzir, criticar e pesquisar. A arte que chegou em nossas terras no fim do século XIX é uma das mais essenciais para construção de nossa história. O cinema se amplia no escopo de todos os tipos de produção audiovisual, seja a televisiva, jornalística, amadora ou cinematográfica, e torna-se o registro mais puro dos momentos. Algumas das perdas que ocorreram no incêndio da quinta passada eram os registros da história de nosso país, com produções de estudantes da ECA-USP, arquivos da Embrafilme e do Instituto Nacional de Cinema, além de um acervo enorme de Glauber Rocha, grande cineasta do Cinema Novo.


Há culpados, com certeza, e sabemos quem são. Essa coluna do Alternidade se propõe a celebrar as nuances da nossa cultura, mostrar sua importância e como se desenvolveu, é assim que desejo escrevê-la, mas ao tratar de cinema neste momento não vi outra saída senão lamentar. É triste e desesperador. Essa nuance voltará a aparecer aqui, de maneira mais alegre, porém neste momento terá esta carga.



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