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Moxie: Quando as Garotas vão à Luta

  • Caroline Silva
  • 14 de abr. de 2021
  • 2 min de leitura

Atualizado: 15 de jun. de 2021




Não vou mentir para vocês, no momento em que vi o trailer de Moxie e vi que havia um livro em que o filme foi inspirado já corri para a Amazon (faço propaganda mesmo) e comprei a obra escrita por Jennifer Mathieu.


Diferente do trailer, o livro foi bem decepcionante.


Não que o livro não trate de um tema importante, ele trata, e muito. O grande problema é de como a autora constrói as pessoas que se relacionam com o tema, não proporcionando um crescimento de personagens e dando uma sensação de engodo até a parte final da história.

A Vivian, nossa protagonista, faz uma coisa que odeio em livros adolescentes. Age como uma mimada e ainda por cima espera que os outros se desculpem com ela. Na verdade lanço a pergunta: por que em livros adolescentes as meninas são retratadas tão mal, mesmo em histórias escritas por mulheres? Daonde vem este sentimento de que garotas são donas da razão, mimadas e irritantes? Será que eu me afastei de livros assim justamente por odiar o jeito de que as mulheres são descritas?


Já o final, esse sim é bom. Quando vemos as garotas realmente se tornando uma força revolucionária e buscando justiça em uma escola machista, da maneira que buscaram. Chegamos a nos arrepiar e só por causa do final do livro que digo que a leitura valeu a pena.


E por conta do meu desgosto com o livro demorei a assistir o filme produzido pela Netflix. Todo o encanto que senti com o trailer foi para o ralo. Mas como a curiosidade matou o gato, lá fui eu assistir. E não é que eu gostei?


A primeira coisa que me agradou no longa foi o fato da protagonista ser responsabilizada todas as vezes em que agiu feito babaca. Gostei pois os personagens que eram babacas no começo tiveram uma boa evolução até o fim do filme. As garotas que cercavam a Vivian eram diversas e interessantes. A diretora mostrou que nem todos os homens são idiotas, que mulheres também podem ser machistas e com isso prejudicar as outras, que os seres humanos são complexos e que não vivemos no preto no branco.


Não que o filme seja perfeito e maravilhoso. Ele joga na nossa tela algumas relações de opressores e oprimidos que, por não terem sido bem construídas, soam como uma tentativa patética de ser um filme super inclusivo que está utilizando lutas autênticas para angariar mais espectadores.


Na totalidade, direi uma coisa rara, o filme foi bem melhor que o livro, e tenho que dar meus parabéns para Amy Poehler, a diretora do filme, e para a dona Netflix.

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