TEORIA JUNGUIANA E ENTENDIMENTO DE MULHERES QUE CORREM COM OS LOBOS
- Caroline Silva
- 17 de mar. de 2021
- 2 min de leitura
Atualizado: 15 de jun. de 2021

Mulheres que Correm com os Lobos se tornou uma febre ao ser lançado, e eu logo comprei para ver do que se tratava. Então nem preciso dizer a minha surpresa ao perceber o quão sem pé nem cabeça o livro parecia para a minha vivência.
Começou pelo simples fato de eu não saber daonde saia La Loba que a autora Clarissa Pinkola Estés tanto falava. Como ela podia afirmar que em todo subconsciente feminino havia esse personagem místico?
E aí que notei o meu primeiro erro. Esse livro não pode ser sentido de forma objetiva e sim subjetiva. Não posso objetificar o Inconsciente e não posso colocá-lo em uma caixa.
Meu segundo erro foi: não me atentei que Clarissa era junguiana e se eu pesquisasse quem era Jung antes de ter começado este livro, com certeza eu teria um melhor entendimento de Mulheres que Correm com os Lobos.

(imagem encontrada aqui )
Quem é Jung?
Jung foi o criador da Psicologia Analítica. Para ele a psique do ser humano é formada por três componentes: o ego, que é a mente consciente; o inconsciente individual, que são as memórias , sendo que estas podem estar suprimidas; e o inconsciente coletivo, que é a parte que livro aborda.
Para o psiquiatra suiço os seres humanos tem uma parte de sua psique formada por um inconsciente que não parte das experiências vividas. Esse pressuposto parte do fato de que independente da região, diversos povos apresentavam mitos e símbolos que partem da mesma essência e que estes são atemporais e acessados pelas pessoas.
Dentro deste inconsciente coletivo é que encontramos os arquétipos. Arquétipos são facilmente reconhecidos e lhe imputamos comportamentos e emoções. Como um exemplo temos o arquétipo da Mocinha, esta é uma jovem pura e inocente, com alta sensibilidade e beleza esotérica, que tem um amor leal e fiel, mesmo quando enganada ou decepcionada.
Outro Arquétipo é La Loba, apresentada no livro de Estés, nele as mulheres podem buscar no inconsciente coletivo, um símbolo compartilhado por vários povos que nunca se encontraram, a força para renascer e entrar em contato com a parte sensitiva que cada uma tem dentro de si, e com esta parte podemos nos livrar de problemas seguindo apenas o instinto.

(imagem encontrada no Pinterest ao ser pesquisado o Sagrado Feminino, autor (a) desconhecido (a))
No geral o livro é bem interessante de ler. Indico que se leia saboreando cada conto do livro e se encontrando, partilhando, deste inconsciente coletivo, participando da expansão de nosso entendimento da própria psique. O livro pode ser considerado uma leitura pesada, por isso leve o tempo que precisar.
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